Originário da América Central, o canistel é uma frutífera de polpa amarelada e sabor adocicado, ainda pouco conhecida no Brasil, mas que vem conquistando espaço entre os produtores. Para garantir que a planta se desenvolva de forma equilibrada e produza com qualidade, a poda de condução é uma etapa fundamental
Em visita ao sítio São Vicente, o TV Sítio acompanhou de perto as orientações do produtor Roberto Losqui, que há anos pesquisa o cultivo do canistel. Segundo ele, a condução mais eficiente é feita no formato de taça, que consiste em abrir as pernadas da planta e eliminar os galhos centrais que puxam o crescimento para cima.
“Quando a gente abre a copa e retira o excesso de galhos do meio, entra mais sol e a planta fica mais arejada. Isso estimula a brotação lateral, aumenta a frutificação e reduz problemas como galhos secos e baixa produção”, explica Losqui.
Durante a demonstração, ele destacou ainda a importância de identificar galhos mais velhos e vigorosos, que costumam crescer de forma vertical, e substituí-los por brotações laterais mais jovens. Dessa forma, a planta distribui melhor sua energia, favorecendo o surgimento de flores e frutos em galhos mais baixos e acessíveis.
Outro ponto importante é o manejo constante: a poda deve ser realizada sempre que houver crescimento excessivo no centro da copa, para que a condução em taça se mantenha ao longo do tempo. “Quanto mais aberto, mais luz entra, e isso significa mais fruta. É um trabalho contínuo, mas que traz muito resultado”, reforça o produtor.
O vídeo completo mostra, na prática, como realizar cada corte, quais galhos eliminar e como estimular a brotação correta do canistel, tornando-se um verdadeiro guia para quem deseja cultivar essa fruta deliciosa e pouco explorada no Brasil.