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Identificada Helicoverpa armigera em quatro regiões de São Paulo

  • 17/04/2014
  • As equipes capturaram mariposas, utilizando armadilhas adesivas com feromônio. No total foram coletadas 39 amostras, com aproximadamente 470 insetos adultos machos de Helicoverpa. O resultado confirmou a Helicoverpa armigera em 36 do total de amostras .

Resultado das análises realizadas pelo Instituto Biológico confirmou a ocorrência da praga no estado de São Paulo. As amostras foram coletadas em fevereiro, durante realização da expedição técnico-científica

Durante todo o mês de fevereiro, a expedição técnico-científica promovida pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), percorreu as regionais de Avaré, Assis, São José do Rio Preto e Araraquara.

As equipes fizeram levantamento georreferenciado e captura de mariposas, utilizando armadilhas adesivas com feromônio. No total foram coletadas 39 amostras, com aproximadamente 470 insetos adultos machos de Helicoverpa, e que foram encaminhadas ao Instituto Biológico.

O resultado confirmou a Helicoverpa armigera em 36 do total de amostras coletadas, em culturas de soja (Paranapanema, Maracaí, Cruzália, Pedrinhas, Palmital, Cândido Mota, Icém, Palestina, Adolfo, Matão, Araraquara), milho (Itaí, Icém, Araraquara, São Carlos), algodão (Itaí), amendoim e cana (Mirassol), hortaliças e citros (Icém, Trabiju), além de pasto (São Carlos, Trabiju).

Segundo análise da equipe técnica, as lavouras visitadas não apresentavam perdas significativas decorrentes do ataque da praga, mas manifestaram ter havido aumento nos custos de produção, fato normal quando da ocorrência de novas pragas. Em propriedades que não seguiram as práticas agronômicas recomendadas foram observados prejuízos maiores, somados aos provocados pela ação da forte estiagem.

Ainda de acordo com a equipe técnica, a Helicoverpa armigera pode ser combatida com técnicas de manejo já conhecidas e difundidas, sendo que os inseticidas disponíveis no mercado apresentam melhores resultados quando aplicados nos estágios iniciais de desenvolvimento da lagarta.

Histórico das ações

Em novembro de 2013, espécimes (lagartas e adultos) foram coletados por fiscais estaduais da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), e federais do Ministério da Agricultura (MAPA), Superintendência de São Paulo, nos municípios de Avaré, Botucatu, Itapeva e Capão Bonito, locais com o maior número de relatos de indícios de ocorrência da praga.

As amostras foram analisadas pelo Instituto Biológico, único laboratório credenciado pelo MAPA no estado para diagnóstico fitossanitário, e deram negativo para a Helicoverpa armigera. Fora estas amostras, o IB não recebeu nenhuma outra para análise.

Em setembro do ano passado, o workshop “Ameaças fitossanitárias: construção de uma política de combate à Helicoverpa armigera e outras pragas exóticas para o estado de São Paulo”, promovido pelo Grupo de Trabalho da Secretaria, reuniu 300 pessoas em Campinas. Foram debatidos o histórico da praga, identificação, distribuição geográfica, manejo integrado, monitoramento e inspeção.

No evento foi lançado um material gráfico com as principais pragas exóticas potenciais e seus riscos ao agronegócio paulista e brasileiro, com a tecnologia do QR code. O dispositivo permite o acesse ao material, pelo celular, desde que tenha instalado o aplicativo, que é gratuito, e que haja acesso à internet.

Ao posicionar o leitor diante do código, o usuário é remetido a um site http://poster01.defesaagropecuaria.com, com informações sobre as pragas exóticas que entraram no Brasil desde 1901, e que atacam a agricultura. Há também as pragas quarentenárias, para as quais existem normativas oficiais, e as que nunca foram identificadas em nosso território.

Ao alcance da mão, a tecnologia permite a visualização de fotos em alta definição, para facilitar a identificação, com nome científico, morfologia da praga, histórico de ocorrência no Brasil, bioecologia, danos, métodos de controle, e indicação de plantas hospedeiras.

Fonte: Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo

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